Somente quando amamos de verdade é que podemos perceber a diferença entre o amor e a
dependência emocional. E entre eles, é claro, existe uma grande diferença. Pelo fato de ter casado muito cedo e sempre ter tido alguém para me ajudar nas decisões, primeiro os pais e irmãos, depois marido, fiquei meio que dependente emocionalmente.
Quando veio a separação e quase ao mesmo tempo a morte do meu pai, foi como se o meu mundo tivesse caído, desmoronado. A primeira pergunta que me fiz foi: E agora, quem irá me ajudar nas decisões? Quem dormirá comigo? Conseguirei sobreviver sozinha? O dependente emocional tem medo de tudo. Medo da solidão e medo da liberdade. Medo de tomar decisões e de ter voz ativa, tornando-se assim um submisso.
Pois bem, com muito medo fui a luta. A primeira coisa que fiz foi mudar de casa, de bairro, mudar os móveis e o carro. Incrível como recorremos primeiro as mudanças externas. Ledo engano este nosso, estas mudanças só nos enche os olhos, o core continua da mesma forma, ou seja, pedindo socorro.
Optei em ficar sozinha por um longo e bom tempo. Era necessário, naquele momento, que eu soubesse e aprendesse a viver comigo mesma. Outro detalhe era sair do lugar de vítima, de coitadinha e abandonada e reconhecer o meu lugar e a minha força. Entender que o amor, verdadeiro amor, te completa, te faz crescer e acima de tudo te deixa livre. Amar é sentir prazer com a companhia do outro e não a necessidade da companhia do outro. E digo mais, não importa se você ocupa o lugar de dominado ou dominador, em qualquer dos casos você é, sim, um dependente emocional.
Dai minhas amigas, pergunto a vocês: isto ai que você sente é amor ou dependência emocional? Pense, reflita...Dependência é carência, carência é coisa de gente mal resolvida.
Ah, no começo do texto eu questionava a questão de dormir sozinha, pois é, dormir sozinha é ótEmo, acompanhada eu quero mais é ficar acordada, bem acordada.